terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O milagre dos R's

Papéis. Tantos deles por aqui...
No meio de muitos ainda consigo encontrar os "msn's" feitos nas noites onde o tédio se confundia com a nossa vontade de ser tudo aquilo que era "moralmente errado", "socialmente abominável..". Tanta coisa escrita, citada sem licença poética. Tanta poesia feita no embassado da poeira do cotidiano. Certa vez vc me disse que os papeizinhos ficariam para a eternidade (em resposta aos textos e aos fimes de Roma Antiga onde "O que vc faz ecoa na eternidade."). É, nós não tínhamos saco pra história oficialmente chata...queríamos construir a nossa própria história, cheia de outros Curingas que encontraríamos e que fariam a diferença nesse grande jogo de cartas.
E nossa frase de efeito caminhava entre "Não sei onde estou indo, só sei que não estou perdido" e "Prefiro seeeeeeeeeeeeeerr essa metamorfose ambulante..." em contraste com os europeus, aqueles chatos dos textos gigantes que diziam 'reproduzam as minhas verdades.." Ainda bem que as teorias regadas a Jethro Thru e flautas transversais nos livraram dessas "verdades absolutas." 
O imperativo ainda permanece: o jogo das cartas precisa de Curingas (no plural, porque são vários). Lendo outros chatos percebo que não somos seres determinados. Não nos aconstumamos com os fatos, nos inserimos neles. A constante não existe. O mundo é composto por variáveis. "Variações de um mesmo tema", a busca do devir que leva ao ir além. Já não controlamos nossas metades. Aliás, nem são metades, são terços, fraçoes, milésimos, cada qual na sua constante variável, andando entre Russo e Raul - e o milagre dos "R's" acontece...a filosofia contruída a partir daí mostra o caminho, mas ele não é o único.
E buscamos outros, sempre "nadando contra a corrente."
O sentido da vida? Já não busco. O caminho correto? Não há. Tudo faz sentido (sem ser soldado), mas nada é pra sempre.